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Conselho Universitário aprova Política de Pós-Graduação da UNILA

A consolidação de diretrizes dessa política institucional permitirá a expansão de novos programas ofertados pela Universidade
publicado: 24/05/2021 16h00, última modificação: 24/05/2021 17h10

A UNILA aprovou sua política institucional de Pós-Graduação, uma área que é considerada estratégica para a Universidade, cuja missão é estimular o ensino voltado para a produção de pesquisa de qualidade, e que é representada pelos cursos que a instituição oferece nas modalidades de mestrado, doutorado, especialização, aperfeiçoamento e residência. A nova política foi instituída pela Resolução CONSUN 15/2021, aprovada pelo Conselho Universitário.

Integram a redação dessa política importantes elementos que fortalecem a missão institucional da UNILA, como promoção ao bilinguismo, intercâmbio científico e cultural, mobilidade acadêmica, política de ações afirmativas e de acompanhamento de egressos, e a fomentação da diversidade de estudantes de toda a América Latina e o Caribe. A UNILA, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), oferta, na modalidade stricto sensu, 12 mestrados e um doutorado próprio, além de um doutorado interinstitucional. Já na modalidade lato sensu, oferta uma residência e seis especializações.

“Consideramos um grande marco para a instituição a constituição dessa política, com as devidas aprovações nos órgãos superiores.”
Danúbia Frasson Furtado

A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Danúbia Frasson Furtado, explica que a política foi construída com a ajuda de departamentos internos da área da pós-graduação, a partir da realização de diversas reuniões para a construção coletiva da minuta do documento, compartilhada com os integrantes do Fórum dos Coordenadores dos Programas de Pós-Graduação. Após abarcar todas as considerações do grupo, o documento seguiu o trâmite para a Comissão Superior de Educação (COSUEN) e, por fim, para o CONSUN. “Consideramos um grande marco para a instituição a constituição dessa política, com as devidas aprovações nos órgãos superiores. Nela, estão várias diretrizes e regras vinculadas à pós-graduação na UNILA, que permitem a ampla utilização dessa política para a expansão da área na Universidade”, diz Danúbia.

A respeito do número de programas que atualmente são ofertados pela UNILA e da perspectiva para os próximos anos, a pró-reitora explica que a construção desses programas depende da atuação específica dos docentes, a partir de dados e interesse dos pesquisadores e também da percepção de áreas similares que possam permitir a constituição de novas ofertas. “Estamos sempre à disposição para colaborar e fomentar a pesquisa na instituição. No ano passado, a PRPPG lançou mais de R$ 3 milhões em recursos para editais. Quando comparamos com anos anteriores, esse foi o de maior fomento vinculado à pesquisa realizado até então”, conta ela, reforçando que esse fator pode refletir positivamente na constituição de novos programas. “A partir de uma pesquisa de qualidade, é possível integrar os docentes que atuam eventualmente numa linha de pesquisa similar e que não haviam sido previamente contatados. E, a partir daí, unificar essas pesquisas, permitindo a criação dessa determinada linha que pode, no futuro, transformar-se em um novo programa de pós-graduação”, destaca.

Internacionalização, políticas afirmativas e bolsas

Um dos grandes desafios da UNILA é solidificar a estratégia de internacionalização não apenas nos cursos de graduação, mas também em estudos de pós-graduação, visto que a nova política traz essa questão como um dos seus princípios, ponto que também é reforçado quando destaca a política de ingresso. Para isso, o documento reforça a proposta de manter relações de cooperação com entes internacionais, a fim de estabelecer convênios com aqueles que estejam vinculados aos debates latino-americanos e de fomentar o desenvolvimento regional por meio do conhecimento compartilhado e da cooperação solidária entre órgãos de diversas nacionalidades. Outra característica forte dos programas de pós-graduação é a efetivação do bilinguismo institucional português-espanhol.

“É importante deixar claro que a questão da internacionalização é muito específica das áreas, a depender do número de estudantes brasileiros e estrangeiros matriculados, reforçando a missão de integração latino-americana. Alguns programas são formados, em sua maioria, por alunos estrangeiros, e outros, por alunos brasileiros”, explica Danúbia. Em termos de política de ações afirmativas, ela ressalta que dos atuais 12 programas de mestrado e doutorado ofertados pela UNILA, 11 já colocam nos seus processos seletivos alguma inclusão das políticas de ações afirmativas, mesmo antes da formalização de uma política específica para o tema, que está em processo de construção na Universidade.

Quanto ao fomento de bolsas para estudantes ingressantes nos programas de pós-graduação, Danúbia reforça que as bolsas são a principal forma de valorização e também de maior comprometimento dos discentes, pois estimula a permanência do aluno e a dedicação exclusiva, refletindo em melhor atuação tanto na pesquisa quanto no ensino. “Temos priorizado no nosso orçamento a oferta de bolsas de pós-graduação (mestrado e doutorado), mantendo as bolsas já existentes. Na política, foi incluído um artigo especificamente sobre a distribuição de bolsas; pretende-se ofertar duas novas bolsas anualmente para os programas de pós-graduação”, finaliza. Atualmente, a UNILA oferece duas bolsas para cada um dos programas existentes, com recursos próprios da instituição.