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Bolsistas de extensão da UNILA iniciam atividades no canteiro de obras do Campus Arandu

Atividades serão desenvolvidas em parceria com o UNOPS e contemplam áreas de infraestrutura, comunicação e diversidade
publicado: 07/10/2025 15h04, última modificação: 07/10/2025 15h40

 

Bolsistas visitaram o escritório do UNOPS para uma recepção de boas-vindas. Foto: Pauline Madureira/UNOPS

Os dez bolsistas de extensão da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) nas obras do Campus Arandu, iniciaram nesta segunda-feira, dia 6, as atividades dos projetos que buscam fortalecer o vínculo entre a universidade e a sociedade com ações que dialogam diretamente com a execução da obra. A iniciativa é uma parceria entre a UNILA, por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS), escritório da ONU especializado em infraestrutura e gestor do acordo de cooperação das obras do novo campus.

Ao todo foram selecionados cinco projetos, e todos passaram por um amplo processo seletivo, liderado pelo UNOPS e PROEX/UNILA. As propostas contemplam as áreas de infraestrutura e organização de canteiro de obras, comunicação e memória e gênero, diversidade e inclusão social. Além disso, todos os projetos priorizam a troca de saberes e o impacto social para a comunidade local.

“Pensar infraestrutura vai muito além da edificação. É preciso pensar no impacto que ela traz para a sociedade e como as pessoas vão poder usufruir deste espaço. Trazer os estudantes para desenvolver projetos de extensão também caminha nesta mesma direção, aproximando cada vez mais as pessoas deste campus que é importante não só para a UNILA, mas para toda a comunidade”, destacou Ana Laura Lobato, especialista em gênero, diversidade e inclusão e responsável pela supervisão dos bolsistas no UNOPS.

Ana Laura Lobato especialista em gênero, diversidade e inclusão no UNOPS, em conversa com os bolsistas no canteiro de obras do Campus Arandu. Foto: Aline Czezacki/UNOPS

Cada projeto possui um docente como coordenador e dois discentes bolsistas de extensão. O projeto precisa ser desenvolvido ao longo de um ano e promover práticas inovadoras e inclusivas, a exemplo do projeto de modelagem arquitetônica e paisagística do Campus Arandu, que busca trazer uma perspectiva sensorial para fazer com que o campus seja conhecido por todas as pessoas. “O nosso projeto quer possibilitar que todas as pessoas, ainda que tenham deficiências, como deficiência visual, por exemplo, possam entender e sentir o novo Campus Arandu, sem se sentir excluídas”, explicou Eduardo Mendoza, aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo da UNILA.

A estudante Kau Galvão, do curso de História, também compartilhou a expectativa de desenvolver seu projeto, que consiste na elaboração de um livro infantil para deixar um legado para a cidade. “Estou muito animada com a ideia de produzir um livro infantil sobre o Oscar Niemeyer e sobre a importância da integração latino-americana e da UNILA para a região. As crianças são o futuro, e estou muito feliz de poder trabalhar com elas, produzir um material educativo e ajudar a comunidade de Foz a se apropriar da UNILA e do espaço universitário”.

A parceria entre a UNILA e o UNOPS para a execução de projetos de extensão no âmbito da retomada das obras do Campus Arandu, reforça a importância de integrar o conhecimento acadêmico, a prática profissional e o desenvolvimento local. Para a professora Daiane Evaldt, do curso de Engenharia de Materiais, a extensão possui um potencial transformador, e por isso é tão importante. “Desde o início ficou muito claro como este edital traz um alinhamento entre acessibilidade, diversidade e sustentabilidade. Neste sentido, a engenharia de materiais tem muito a contribuir, seja buscando alternativas para o reaproveitamento dos resíduos da obra, ou gerando novas fontes de renda para os trabalhadores. É uma forma concreta de unir conhecimento técnico e impacto social”, concluiu.