Unila convoca voluntários para participar de pesquisa
Pesquisadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) buscam 65 voluntários com diagnóstico de Alzheimer para teste de um medicamento a base de cannabis. O projeto é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Veja critérios mais abaixo.
O objetivo do ensaio clínico, segundo os pesquisadores, é avaliar a eficácia de baixas doses de cannabis na Doença de Alzheimer. Para isso serão selecionados pacientes com estágio leve/moderado da doença que farão uso ou de cannabis ou de um placebo.
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Entenda o estudo com cannabis da Unila usado no tratamento de Parkinson de Eduardo Suplicy (PT) — Foto: Laboratório Cannabis Unila
O ensaio clínico terá duração de seis meses e os pacientes serão avaliados mensalmente no campus da Unila, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
O responsável técnico do estudo médico Elton Gomes da Silva, que é neurologista e professor da Unila. Além dele, a equipe também conta com outros profissionais da saúde e pesquisadores, que avaliarão esses pacientes para assegurar a eficácia do tratamento e monitoramento de segurança.
A participação do estudo não implicará em nenhum custo, porém não terá qualquer tipo de remuneração, segundo a Unila. O estudo será realizado em Foz do Iguaçu, e é de responsabilidade do cuidador/responsável a locomoção do paciente até a cidade.
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Para participar é preciso:
- Ter o diagnóstico de Doença de Alzheimer, estando no estágio leve e moderado da doença
- Ter possibilidade de estar presente em Foz do Iguaçu durante o período de avaliações.
Para saber mais informações, os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp (45) 99156-6582.
O estudo faz parte de um projeto de doutorado da aluna Taynara da Silva, sob orientação do professor Rui Prediger, ambos da UFSC e coorientação do professor Francisney Nascimento (UNILA).
Alzheimer
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa - que ocorre através da morte de neurônios - que causa sintomas como perda de memória, déficit de cognição, distúrbios psiquiátricos como depressão, ansiedade, irritabilidade e outros mais.
Atualmente, segundo os pesquisadores, há apenas quatro medicamentos no mercado indicados para o Alzheimer, e todos eles com efeitos muito limitados e que duram por poucos meses.
O projeto, é uma continuidade do trabalho do Laboratório de Cannabis Medicinal da Unila agora, juntamente, com o Laboratório de Doenças Neurodegenerativas da UFSC.
Uso medicinal da cannabis
O uso medicinal da cannabis está previsto em resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As normas permitem a importação e o registro de medicamentos com base em substâncias derivadas da planta.
A obtenção dos medicamentos também é possível pelas associações canábicas autorizadas judicialmente. O cultivo doméstico, no entanto, ainda depende de decisões na Justiça.
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