Pesquisa procura cães com doença nos ossos para testar medicamento à base de cannabis

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1 Comentário

  • MAXIMILIEN DE ROBESPIERRE
    Deixem os cães de fora desta pesquisa e pesquisem a nova raça de cães viraBUNDAS, ou seja, os apoiadores do seu Jair Boçalnaro, assim será mais fácil saber qual doença cada VAGABHUNDO deste tem, já que uns babam, outros roubam, além de alguns serem mulheres de travestis só para sobreviverem no país do TRAFICANTE DE ARMAS DO VIVENDA DAS MILÍCIAS. LULA JÁ, COMPROVADAMENTE HONESTO E COMPETENTE.

Pesquisa procura cães com doença nos ossos para testar medicamento à base de cannabis

Cachorro no parcão da Zona Sul do Rio
Cachorro no parcão da Zona Sul do Rio Foto: Rebecca Alves / Agência O Globo
Bruno Alfano
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Pesquisadores da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) estão procurando cães diagnosticados com osteoartrite para participarem de um estudo para avaliar o tratamento com extrato de cannabis, uma substância da maconha. A pesquisa é inédita no Brasil.

O objetivo é analisar se as substâncias da planta são capazes de reduzir a inflamação e a dor, além de melhorar a locomoção dos cães portadores da doença, que atinge cerca de 80% dos cães acima dos oito anos.

A doença surge como resultado do envelhecimento das articulações e causa dor crônica. De acordo com a médica veterinária e mestranda em Biociências na Unila, Neide Griebeler, os tratamentos disponíveis atualmente não são muito efetivos e causam diversos efeitos colaterais.

— Os pacientes normalmente apresentam alterações renais, hepáticas e gástricas, e não conseguimos ter um bom manejo da dor. Então, a cannabis pode ser uma alternativa para trazer mais qualidade de vida e, talvez, até uma regeneração articular — explicou Neide, que atualmente trabalha como anestesista veterinária.

Os cachorros podem ser de qualquer raça, pesar até 25 kg e é necessário o diagnóstico comprovado de osteoartrite. Os tutores devem se comprometer a administrar diariamente a medicação e a levar o paciente para avaliações clínicas e exames bioquímicos mensais. A participação é totalmente gratuita.

A pesquisa - autorizada pelo Comitê de Ética e Uso de Animais (CEUA) - está sendo realizada pelo Laboratório de Cannabis Medicinal e Ciência Psicodélica da Unila, em parceria com o Hospital Veterinário Pop Vet, de Foz do Iguaçu, e a Associação Santa Cannabis, de Florianópolis.

Também faz parte do estudo o mestrando em Biociências Ricardo Penayo Cremonese, farmacêutico veterinário que irá analisar o perfil de segurança do Canabidiol (CBD) e do Tetrahidrocanabnil (THC) — substâncias químicas canabinóides que apresentam efeito terapêutico — em cães a longo prazo.

— Existem diversos estudos em humanos que mostram que os canabinóides possuem efeitos analgésicos e anti-inflamatórios. Nossa ideia, agora, é verificar se esses efeitos podem ser verificados também nos cães — salientou o professor Francisney Nascimento, coordenador do Laboratório de Cannabis Medicinal e Ciência Psicodélica da UNILA.

Desde 2017, o laboratório realiza pesquisa clínica sobre atividades farmacológicas da cannabis em doenças neurológicas, reumatológicas e psiquiátricas. Os resultados do estudo também poderão ajudar a embasar a legislação nacional que, atualmente, tem lacunas sobre o uso veterinário da substância.

— No Brasil, temos um grande número de veterinários que prescrevem cannabis para cães, principalmente em casos de epilepsia, dor e agitação. Porém, não existe legislação específica para animais no que se refere à fabricação desses produtos e, muito menos, em relação à prescrição — disse Ricardo Cremonese.

Pelo menos 24 cães são necessários para dar seguimento ao estudo. Os interessados devem entrar em contato pelo e-mail laricanvet@gmail.com ou pelo whatsapp (45) 99151-9740.