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UNILA inaugura Museu Digital

Com 12 coleções disponíveis, o Museu Digital UNILA será lançado nesta quinta-feira (30) durante transmissão ao vivo
publicado: 29/09/2021 16h30, última modificação: 29/09/2021 19h07

A UNILA disponibiliza para a comunidade uma nova plataforma com o objetivo de preservar a memória cultural e de valorizar a produção científica, tecnológica e cultural: o Museu Digital UNILA (MUD). O lançamento será realizado nesta quinta-feira (30), com uma transmissão ao vivo, a partir das 19h, no canal do Museu no YouTube.

Participam do lançamento, a historiadora Luciana Conrado Martins, especialista em Museologia e doutora em Educação pela USP; a docente do Programa de Pós-Graduação em História da UNILA Rosângela de Jesus Silva; a historiadora e mestranda em História na UNILA Loudmia Amicia Pierre-Louis; e o reitor da UNILA, Gleisson Brito. A mediação será da professora da UNILA Ana Rita Uhle.

O MUD já pode ser visitado e elenca 12 coleções em diferentes áreas: Artes, Educação, História, Vida e Natureza, Tecnologias, Territórios e Exposições Curriculares. Entre as coleções, estão a do set de filmagem do curta "Do amor pequenas coisas", gravado em 2013 e considerado o primeiro set de filmagem escola para os alunos do curso de Cinema e Audiovisual; a mostra digital de arte “Ventanas Abiertas”, realizada no ano passado, no contexto de pandemia; “¡Eu, passarinho!”, fotos resultantes da prática de observação de pássaros na cidade; e “Memória audiovisual da UNILA”, que tem por objetivo reunir a produção de mais de 10 anos de existência da Universidade.

Foto de Tiago Bonato/Acervo MUD

Ligado à Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), o Museu também tem o objetivo de auxiliar a UNILA “a cumprir o seu papel na promoção e difusão do conhecimento na América Latina e no Caribe”, diz a pró-reitora Kelly Sossmeier. “Através dele, queremos disponibilizar um espaço para as diversas formas de manifestações artísticas e culturais da nossa comunidade, além de ser um espaço multidisciplinar, abrangendo, inclusive, acervos de instituições externas. Assim, esperamos, através da organização e difusão de coleções, contribuir científica, cultural e socialmente”, completa.

O MUD foi estruturado a partir das discussões de um grupo de trabalho encabeçado pela servidora Michele Dacas e com a colaboração de docentes de diferentes institutos, de egressos da UNILA, do setor de Tecnologia da Informação, além de colaboradores externos. “O Museu também vai promover a ampliação do diálogo com a comunidade, porque passa a ser um espaço de memória, de difusão, além de ser fonte de pesquisa e de acesso e fruição cultural, e de intercâmbio cultural e científico. Ele amplia a interlocução com entidades culturais e museológicas da região, do país e também internacionais”, comenta Michele. A estruturação do MUD prevê, ainda, a criação de uma política de práticas museológicas, educativas e curatoriais, que será submetida a uma consulta à comunidade universitária e posterior encaminhamento para aprovação no Conselho Universitário (CONSUN).

Outra linha de atuação do MUD é a possibilidade do atendimento à exigência de curricularização da extensão nos cursos de graduação. As coordenações de cursos, os Núcleos Docentes Estruturantes e os membros dos colegiados de cursos interessados em aproveitar as ações museológicas podem buscar apoio da equipe responsável para vincular suas disciplinas às exposições curriculares ou para a realização de cursos formativos e ações educativas neste campo.

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Projeto Muralismo na ocupação Bubas: histórias de vida e território

Mesmo ainda em formação, o MUD já integra duas importantes redes: o Cadastro Nacional de Museus, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram); e a Rede Brasileira de Coleções e Museus Universitários. “Um dos objetivos do MUD é, também, a incorporação das práticas museológicas na UNILA, dada a importância que têm as coleções para as universidades públicas. E também inserir a UNILA no campo de debates dessas redes, onde os museus universitários estão bem articulados. Com esse espaço, embora digital, a gente consegue participar desse debate”, comenta Michele.

Apesar de ser uma plataforma digital, um dos eixos de atuação do Museu é a convergência, possibilitando, também, a realização de mostras presenciais a partir de convênios com outros espaços na cidade e na região. “Esse eixo de convergência prevê incluir versões presenciais de mostras digitais e versões digitais de algumas mostras físicas”, diz Michele. O primeiro convênio que está sendo firmado é com o Museu de Arte de Cascavel (MAC), que prevê uma agenda de cooperação mútua para organização e circulação de mostras entre as duas instituições. O MUD ingressou, ainda, no programa de doações de obras do Instituto Fayga Ostrower. São 26 quadros e outras publicações que irão integrar o patrimônio artístico da UNILA.

Duas novas exposições estão no cronograma do MUD para outubro, uma sobre a UNILA na pandemia, registros da atuação da Universidade; e outra sobre a arquitetura soviética, organizada por grupos de pesquisa de diferentes países (Argentina, Brasil, Venezuela e México). “Essa mostra será disponibilizada virtualmente no MUD e irá circular em cada um dos países a partir da produção dos grupos envolvidos”, explica Michele.

Para integrar o acervo do MUD, as coleções serão captadas por meio de chamadas internas e externas, e o material será submetido a uma curadoria. Outra forma de buscar novas aquisições é a parceria com entidades ou por demanda da comunidade acadêmica que tiver interesse em intermediar exposições externas. Interessados podem entrar em contato através do e-mail museu.digital@unila.edu.br.

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