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UNILA e entidades de Foz do Iguaçu preparam várias atividades para o Dia da Mulher

A Marcha do Dia Internacional de Luta das Mulheres é o ponto alto e terá participação de representantes de mais de 30 entidades e coletivos da tríplice fronteira
publicado: 04/03/2019 17h00, última modificação: 13/03/2019 10h38
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folheto com a programação da marcha das mulheres

O Dia da Mulher, que é comemorado no dia 8 de março, traz uma agenda intensa de atividades voltadas para a valorização e conscientização dos direitos femininos.

Na UNILA, as ações são coordenadas pelo Comitê Executivo pela Equidade de Gênero e Diversidade (CEEGED), pela Comissão Institucional para o Acompanhamento da Implantação da Política de Equidade de Gênero (CIPEG) e pelo Observatório de Gênero e Diversidade na América Latina. As atividades serão desenvolvidas juntamente com a Prefeitura de Foz do Iguaçu e entidades da sociedade civil organizada.

O ponto alto da programação é a Marcha do Dia Internacional de Luta das Mulheres, que neste ano terá o tema “Pela vida das mulheres, somos todas Marielle”. A concentração será no Bosque Guarani, com início às 18h. Do local, a marcha segue até a Praça da Paz, onde haverá fala de representantes de mais de 20 entidades e movimentos. A marcha está sendo organizada de forma conjunta com as cidades de Puerto Iguazú, onde a marcha tem concentração na Plaza San Martin, às 18h; e Ciudad del Este, onde a concentração será na Plaza de la Paz, às 17h.

folheto com a programação da marcha das mulheres

“O trabalho [de valorização da mulher] não é construído apenas internamente, na UNILA, mas é um trabalho que precisa ser feito com toda a sociedade”, diz a professora Cleusa Gomes, que coordena o Observatório de Gênero e Diversidade na América Latina, citando não só a marcha, mas diversas outras atividades conjuntas, como os Encontros pela Diversidade. “A gente faz o casamento desses espaços da cidade e da universidade, para promover políticas pela diversidade, equidade e questão de gênero. Assim, se consegue somar esse trabalho de forma muito mais eficaz.”

Na programação do dia 8, às 14h, acontece uma oficina com o tema “A terapêutica do resgate e da cura: uma oficina sobre o feminino sagrado”, com Renata Peixoto, docente da UNILA, terapeuta com formação em Reiki, thetahealing, hipnose e hipnoseterapia, barras de access e apometria. A oficina tem vagas limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo e-mail ceeged@unila.edu.br. A atividade será realizada no Centro de Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM).

Também no CRAM, na parte da tarde, será realizada uma feira de artesanato com exposição de produtos e objetos em homenagem a Marilu Camargo, que era artesã e tem uma longa história de lutas sociais, principalmente em favor da mulher em Foz do Iguaçu.

Às 15h, tem início uma roda de conversa a respeito da campanha “Você não está sozinha”, que está sendo lançada pela Prefeitura de Foz do Iguaçu. A roda será comandada pela coordenadora do CRAM, Kiara Heck, e pela professora Cleusa Gomes. O CRAM está localizado na Rua Padre Bernardo Plate, 1250.

A programação prossegue em todo o mês de março, em especial nos dias 15, 22, 27 e 28 – com atividades na cidade e na UNILA. Confira a programação.

Mulher, universidade e sociedade

Nos dias de matrículas dos novos estudantes da UNILA, as integrantes do CEEGED divulgavam a Política de Equidade de Gênero da Universidade e também as atividades do Dia da Mulher, na entrada da unidade Jardim Universitário.

“Infelizmente a gente vive num mundo onde ainda existem muitas desigualdades, em vários níveis, e um nível que perpetua diversos espaços e posições sociais e econômicas é a questão de gênero. Falar do espaço da mulher e da necessidade de igualdade nos âmbitos laboral, familiar, universitário, é algo que precisa ser promovido constantemente porque senão a gente acaba tendo uma resposta reativa a problemas originados por essas desigualdades”, avalia a servidora Maria Aparecida Webber, integrante do CEEGED, juntamente com Carla Gastaldin e Regiane Tonatto. 

Para ela, uma das funções para a existência do comitê e também de entidades que discutem a questão é a “necessidade de dar respostas reativas para quando os problemas acontecem e fazer com que este debate seja contínuo”. Assim, continua Maria, será possível “ampliar o espaço de participação e diminuir os problemas causados por essas desigualdades.” Cleusa Gomes observa que a questão de gênero está acima da discussão sobre a violência. “Passa também por prevenção e inclusão para que não chegue à violência”, diz.

O CEEGED tem como foco principal a estruturação da Secretaria de Equidade de Gênero, prevista na Política de Equidade de Gênero da UNILA, aprovada em 2017. Para Carla Gastaldin, a aprovação de uma política e a criação de uma secretaria colaboram para “dar visibilidade à questão da mulher”. “Tem de incluir a discussão do papel da mulher e das políticas públicas – e os índices [de violência] mostram a importância de fazer essa discussão”, avalia. “A UNILA teve um grande avanço, já tem a política e, agora, precisa implementar a Secretaria”, completa Regiane Tonatto. Ela lembra que o trabalho não é focado somente na mulher, mas também no racismo, machismo e na homofobia. “Porque são questões que estão todas ligadas a um padrão de sociedade.”

 Cleusa, Regiane, Carla e Maria, sentadas numa mesa, tendo ao fundo banner com informações sobre o CEEGED