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Livro analisa narrativas de sala de aula guiadas por obras de Guimarães Rosa e Paulo Freire

Obra de autoria de Henrique Leroy e recém-lançada pela EDUNILA está disponível para download gratuito na página da editora
publicado: 27/04/2021 14h40, última modificação: 29/04/2021 15h41

"Dos Sertões para as Fronteiras e das Fronteiras para os Sertões: por uma travessia translíngue e decolonial no ensino-aprendizagem de língua portuguesa adicional" é o mais novo livro publicado pela Editora da UNILA (EDUNILA). De autoria do professor Henrique Rodrigues Leroy, a obra pode ser baixada gratuitamente na página da editora

Em 320 páginas, Leroy faz um diálogo entre “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, e o utiliza como guia para a avaliação de experiências e narrativas compartilhadas em sala de aula, na UNILA. Mineiro de Esmeraldas, região metropolitana de Belo Horizonte, Leroy diz que a vivência na região da Tríplice Fronteira, entre 2013 e 2018, foi transformadora. “Permitiu um encontro não apenas comigo mesmo, mas também com toda uma gama de ativistas, artistas, autores, pensadores, educadores-educandos e educandos-educadores latino-americanos”, escreve no texto de apresentação do livro na página da editora. “A fronteira, a UNILA e, sobretudo, a sala de aula de Língua Portuguesa Adicional apresentaram-me e me revelaram um tornar-me crítico envolto em um constante devir conscientizador e libertador.”

O autor utiliza, entre outros instrumentos de pesquisa, discussões e debates em sala de aula sobre dois episódios que marcaram as fronteiras dos países do Cone Sul: a guerra declarada ao Paraguai (1864-1870) e as guerras declaradas aos Guarani (1753-1756).

Em quatro capítulos, o livro mostra o desenvolvimento da “Pesquisa-Travessia”, como o autor a nomeia, e que trata de “questões que envolvem a (in)visibilidade das identidades performativas dos sujeitos presentes na sala de aula de Língua Portuguesa Adicional, por meio dos seus discursos que trazem perspectivas decoloniais, transculturais e translinguajeiras”, em um contexto transfronteiriço.