Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Exposição de fotos, vídeos e desenhos retrata o cotidiano de moradores do Porto Meira
conteúdo

Vida Universitária

Exposição de fotos, vídeos e desenhos retrata o cotidiano de moradores do Porto Meira

O projeto “Tinha que começar assim...” segue até o dia 12 de abril, no Centro de Convivência da UNILA, no Jardim Universitário
publicado: 15/03/2019 00h00, última modificação: 15/03/2019 14h26



Múltiplos olhares sobre o cotidiano de moradores da região do Porto Meira,
em Foz do Iguaçu, estão retratados por meio de vídeos, fotografias e desenhos realizados e protagonizados por crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, do Centro de Convivência Francisco Buba e da Ocupação Bubas. Esses retratos estão na exposição intitulada “Tinha que começar assim...”, que segue até o dia 12 de abril, no Centro de Convivência da UNILA, no Jardim Universitário. A exposição está aberta ao público e é gratuita.

Todo o material da exposição foi produzido a partir de aulas de fotografia e de vídeo – um desdobramento de um projeto denominado CineOcupa, que exibia filmes a moradores do Bubas. A ideia de um curso nessa área nasce de uma demanda das próprias crianças da Ocupação Bubas. Esses projetos foram coordenados pela estudante de Letras - Artes e Mediação Cultural Camila Lazzarini, que foi contemplada por um edital da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da UNILA para realizar o ensino de produção audiovisual.


As aulas foram realizadas entre agosto e dezembro de 2018, com participação de cerca de 150 crianças, no Barracão Comunitário da Ocupação Bubas e no Centro de Convivência Francisco Buba. “A proposta era ensinar audiovisual e fotografia para que as crianças expressassem suas próprias realidades, com a temática voltada ao direito à moradia e à escola. E, também, para que elas falassem das lutas, buscas e conquistas de moradores [da região do Porto Meira] e trabalhassem com essa memória”, explica Lazzarini.

Arte, troca e olhares

A exposição abriu um espaço para visitas guiadas de crianças envolvidas no projeto e de outras residentes na região do Porto Meira. Uma delas foi Juliano Labes, 12, do Centro de Convivência Francisco Buba, que ficou feliz por ter se visto em foto da exposição. “Nunca esperei que aparecesse em foto assim”, disse. Para Juliano, a experiência das aulas serviu para ele mostrar um pouco dos elementos do espaço em que transita. “Foi legal, porque pude aprender a tirar foto de paisagem e de pessoas”, conta.

O acesso à tecnologia, com ensino das técnicas audiovisuais e com estímulo à expressão, marcou as exibições no CineOcupa e as aulas realizadas pela coordenadora do projeto, Camila Lazzarini, e por outros voluntários  todos eles estudantes de diferentes cursos da UNILA, que atuaram como arte-educadores. A interdisciplinaridade também é outra característica dessas iniciativas, que promoveram trocas tanto para os discentes da Universidade quanto para as crianças.

Trabalhamos com a mediação cultural nessa troca, em que aprendemos mais sobre educação e direito à moradia. E as crianças puderam aprender sobre cinema e fotografia, com uma abordagem de trazer a memória em relação às conquistas e à conscientização das realidades em que vivem”, reitera Lazzarini, que, à frente do projeto CineOcupa, teve apoio das Brigadas Populares e do Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz do Iguaçu.

Visitas

A exposição "Tinha que começar assim..." tem a proposta de ser itinerante. Na Universidade, ela está aberta para visitas guiadas, às quintas-feiras, nos horários das 14h, 15h e 16h, até o dia 12 de abril, no Jardim Universitário. A exposição também pode ser visitada por meio de agendamento, pelo e-mail projetocineocupa@gmail.com. A proposta é que a exposição também possa ser vista pela comunidade acadêmica da UNILA, entre os intervalos de aula e com visita mediada. A primeira será nesta sexta-feira (15), das 13h às 14h.