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Estudo estima que Foz do Iguaçu gastou mais de R$ 22 milhões para custear UTIs de Covid-19, desde junho

Levantamento produzido pelo Grupo de Trabalho de Projeções da UNILA levou em conta um custo médio diário de R$ 2,7 mil com cada paciente
publicado: 23/12/2020 14h02, última modificação: 23/12/2020 17h12

Países ao redor do mundo vêm implementando uma série de políticas públicas para conter o avanço da pandemia de Covid-19. Entre elas, o reforço das estruturas hospitalares mostrou-se uma das ações mais essenciais. Em Foz do Iguaçu, não foi diferente: os leitos de UTI para atendimento exclusivo da pandemia saltaram de 30, em 21 de junho, para 97, em 15 de dezembro. Estudo recente produzido pelo Grupo de Trabalho de Projeções da UNILA estimou que, durante esses seis meses, já foram gastos aproximadamente R$ 22,8 milhões para tratamento dos pacientes em estado grave nas UTIs da cidade.

O estudo leva em conta as estruturas do Hospital Ministro Costa Cavalcanti e do Hospital Municipal Padre Germano Lauck. Para chegar a esse valor, foi utilizado como base outro estudo, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estimou em R$ 2,7 mil o custo médio diário com cada paciente de Covid-19 em UTI, no Brasil. O valor leva em conta apenas as despesas de manutenção das estruturas e não inclui custos com a construção dos leitos.

Os pesquisadores da UNILA também compararam Foz do Iguaçu com as cidades de Curitiba e do Rio de Janeiro em relação à quantidade de leitos de UTI disponíveis e exclusivos para pacientes de Covid-19, levando em conta o tamanho de cada população. Segundo o estudo, Foz tem 37 leitos para cada 100 mil habitantes; Curitiba, 21 leitos; e o Rio de Janeiro, 4,55 leitos.

Com a alta de casos registrada em Foz do Iguaçu desde 10 de novembro, os valores gastos com a pandemia tendem a continuar crescendo, acompanhando a taxa de ocupação das UTIs, que saltou de 61%, na segunda quinzena do mês passado, para 87%, em 22 de dezembro. Essa tem sido uma tendência mesmo em países que já haviam contido a primeira onda de casos. Por isso, é fundamental reforçar as outras ações de combate ao coronavírus, como o uso de máscaras, a higienização sistemática das mãos e o distanciamento social, principalmente neste período de festas de fim de ano.