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Vida Universitária

Começa o período de matrículas para os alunos ingressantes

Ao todo, 1.700 calouros devem ingressar nos 29 cursos de graduação da UNILA no primeiro semestre de 2020
publicado: 11/02/2020 17h10, última modificação: 12/02/2020 12h36

Os primeiros calouros de 2020 começaram a chegar à UNILA nesta semana. Na segunda-feira (10), começou a matrícula de estudantes estrangeiros, que segue até o dia 21 de fevereiro. Já nesta terça-feira (11), a Universidade recebeu os alunos aprovados na primeira chamada do Sisu. O prazo para a matrícula desses candidatos termina na próxima sexta-feira (14). Ao todo, 1.700 novos estudantes devem ingressar nos 29 cursos de graduação da UNILA, no primeiro semestre de 2020. As aulas iniciam-se no dia 27 de fevereiro.

 

 

 

 

 

 


No primeiro dia de matrícula para brasileiros, o clima era de preocupação com os documentos e também de alegria com os primeiros passos de um sonho. Entre os calouros, estava a iguaçuense Ghadir Rizk, que não precisou se deslocar para dar início à sua formação acadêmica, na área de Ciências Biológicas. "Sempre acompanhei notícias sobre a UNILA, que busca a integração entre vários países. E Foz do Iguaçu é um ponto estratégico, com uma diversidade de recursos ambientais, como no Parque Nacional do Iguaçu. É legal poder estudar em casa, perto da família e de amigos”, diz. Também de Foz do Iguaçu, o calouro Natan Libório conta de sua felicidade por ingressar no concorrido curso de Medicina. "Achava que precisaria de mais dois anos estudando para entrar no curso, mas passei logo no primeiro ano, não estava esperando. Estou muito feliz por estudar em uma universidade federal, gratuita e na minha cidade. É um curso extremamente necessário para Foz do Iguaçu, com uma formação que traz o aspecto mais humano", relata. 

Da região Oeste do Paraná, oriunda da cidade de Santa Terezinha, Renata Olmedo também aguardava para efetuar a matrícula como caloura de Engenharia Física. Ela falou da UNILA para o namorado, o baiano Bruno Henrique Macedo, e eles decidiram trilhar no mesmo curso. “Eu já fazia licenciatura em Física e sei da necessidade de se ter profissionais da área no Brasil. É uma área nova, e um curso dinâmico, que abre muitas portas a depender da especialização que escolhermos”, conta Renata. Para Bruno, a diversidade cultural e a grade curricular chamaram a atenção. “Vi que na UNILA, no curso, há uma ênfase em automação e controle, que tem como base a linguagem de programação. Aqui também tem um dinamismo, uma interação entre diferentes estados e países, tem o bilinguismo e a possibilidade de participar de programas internacionais”, diz.

Além de estudantes do Oeste do Paraná, jovens vindos de diferentes regiões do país percorreram longas distâncias para começar uma nova vida. Foi o caso da caloura do curso de Biotecnologia Jamile Brito, que encarou uma viagem de três dias, saindo de Rondônia e com destino a Foz do Iguaçu. Recém-chegada na nova cidade, ela diz ainda estar em “choque” com a mudança. “É muita coisa nova. Pesquisei sobre a UNILA e vi que ficava em um local com uma variedade de etnias, e isso me interessou. Vim de uma cidade chamada Guajará-Mirim, que fica na fronteira com a Bolívia. E sei que, ao morar na fronteira, temos mais contato com outras culturas”, conta.


De perto e de longe

Nos três processos seletivos voltados para alunos estrangeiros – Seleção Internacional, Seleção de Indígenas AldeadosDélia Márquez viajou mais de 5 mil quilômetros para alcançar o objetivo de estudar Medicina e Seleção para Refugiados e Portadores de Visto Humanitário –, a UNILA aprovou o ingresso de estudantes de 21 países. Em 2020, vão ingressar na Universidade representantes de 18 países da América Latina e também de nações como Angola, Congo e Guiné-Bissau.

Entre os novos alunos, está Délia Márquez. Oriunda de Honduras, na América Central, Délia viajou mais de 5 mil quilômetros para alcançar o sonho de estudar Medicina. “No meu país, é muito difícil e muito caro ingressar na carreira de Medicina. Por isso, sou muito grata por esta oportunidade que a UNILA me deu e pretendo aproveitá-la ao máximo”, contou.

O chileno Ricardo Vascur também desembarcou no Brasil com o sonho de cursar Medicina. Na segunda-feira (10), ele Família unileira: Ricardo, Dayana e o cachorrinho Théoesteve na UNILA fazendo os procedimentos de matrícula, acompanhado da namorada Dayana Unda Morán – que já está no segundo ano de Medicina na UNILA – e do cachorrinho Théo, um poodle de três anos que também veio do Chile. “Eu já acompanhava a UNILA de perto desde que a Dayana ingressou no curso, em 2019. Meu principal objetivo é me aprofundar em Medicina de Estilo de Vida. Sou formado em Educação Física e tenho interesse em estudar mais sobre as relações entre saúde, exercícios físicos e estilo de vida”, salientou. Sobre a vinda do cachorrinho Théo, Ricardo foi enfático: “Ele é parte da nossa família e estaremos sempre juntos." 

O novo grupo de alunos mostra que a UNILA está se consolidando como uma opção de universidade pública para os países da Tríplice Fronteira. Naturais de Puerto Iguazú, Alexia Portillo e Leida Cerdan estudaram juntas desde o ensino fundamental. Elas terminaram o ensino médio no ano passado, na Escuela Provincial de Educación Técnica nº 4; e agora ingressam juntas no ensino superior, na UNILA. Alexia vai cursar Cinema e Audiovisual. Leida optou por Arquitetura e Urbanismo. “Para nós, é um privilégio contar com uma universidade tão única como a UNILA perto da nossa cidade. Tenho muita curiosidade em descobrir como serão as aulas neste espaço tão multicultural e com tantas nacionalidades presentes. Acredito que será uma linda oportunidade de aprender mais sobre a identidade latino-americana”, pontua Alexia.

As amigas Alexia e Leida ingressaram juntas no ensino superior na UNILAAs amigas vão continuar morando em Puerto Iguazú durante o período de estudos em Foz. Mas, além da proximidade, Alexia e Leida viram na UNILA a possibilidade de fazer o ensino superior em uma instituição pública. “A Argentina tem um sistema de educação superior público e gratuito. Porém, a Universidad Nacional de Misiones, que é a universidade pública mais próxima, não oferta os cursos que escolhemos. A opção seria a Universidad Nacional de Corrientes, que fica a mais de 600 km de distância”, explicou Leida.